A política brasileira vai desvelando situações inimagináveis até há pouco tempo.
Para mim, a grande surpresa é a guerra declarada pelo senador Marcelo Crivella (PRB), do RJ, ex-bispo da Igreja Universal (mas permanece em comunhão com a denominação fundada por Edir Macedo) e Anthony Garotinho, os dois sendo candidatos ao Governo do Estado do Rio de Janeiro.
E os dois são também ‘irmãos’ na fé. São evangélicos.
Garotinho, ao que se sabe, pertence a uma denominação dita “renovada”, de alegada origem presbiteriana, com tons neopentecostais.
Mas o que mais importa agora é observar luta fratricida se avizinha.
Trata-se de uma luta declarada e que sepulta a velha arenga entre evangélicos, por muitos anos quase dogma no Brasil: “Irmão Vota em Irmão…”
“GUERRA ENTRE IRMÃOS” (2)
Esse estado de belicosidade ficou claro na semana passada: Crivella descarregou baterias contra Garotinho, acusando-o de “dar ânimo ao crime”, quando advoga a eliminação da polícia nas chamadas unidades pacificadoras nas favelas.
Ele sugere a substituição da polícia por “batalhões sociais”.
Crivella fez críticas ao ex-governador em sabatina com jornalistas do SBT, Folha de São Paulo e UOL.
Garotinho, nas pesquisas mais respeitadas, vai liderando a preferência do eleitorado fluminense. O que só confirma aquilo que os bons avaliadores do meio político brasileiro sabem há muito tempo: os fluminenses (cariocas incluídos) são mesmo estranhos, ‘surpreendentes’ nas suas decisões eleitorais. Pois quem não se lembra da carga de acusações e processos que sobre Garotinho e sua mulher, Rosinha, que restou ao final de suas administrações no Palácio da Guanabara?
Aliás, o casal já tem condenações na justiça por crimes eleitorais, entre outras cositas…
Por essas e por outras é que vai despontando uma linha diferenciada no mundo evangélico, no universo da política. Ela vai em direção do favor do pastor Everaldo, candidato à Presidência.
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