O Papa Francisco não está brincando, quando decretou guerra a certas mazelas que afetam o lado puramente humano da Igreja Católica, como os escândalos do chamado banco do Vaticano (IOR) e os crimes de pedofilia.
No terreno da pedofilia, a decisão do papa, dada a conhecer em 27 de junho pelo site de notícias do Vaticano (VIS), não poderia ser mais objetiva e exemplar: o pontífice determinou a redução ao estado laico (deixou de ser padre) do ex-núncio (embaixador) da Santa Sé na República Dominicana, o arcebispo polonês Josef Wesolowski.
É o primeiro estágio do julgamento canônico desse arcebispo contra a quem pesam provas de pedofilia, especialmente atos praticados com seis adolescentes dominicanos, a partir de acusação do Procurador Geral da República do país.
O processo de julgamento canônico prosseguirá. No momento, o acusado terá dois meses para fazer uma eventual apelação.
FRANCISCO FOI CERTEIRO (2)
A Diocese de São José dos Pinhais teve um caso concreto, sete anos atrás, de pedofilia praticado por um padre que atuava em paróquia de Fazenda Rio Grande.
O caso foi comprovado, envolvendo adolescentes meninos em práticas sexuais comandadas pelo padre que, curiosamente, chegou a ser vigário geral da Diocese de São José dos Pinhais.
O padre foi julgado e condenado por corrupção de menores, cumpriu anos da pena na Colônia Agrícola em Piraquara.
Logo que saiu do presídio, o sacerdote por acolhido pelo então bispo de então de São José, Ladislau Biernaski, que o colocou em funções administrativas no bispado… Tudo em nome da “caridade cristã”. A mesma caridade que o padre não teve com os menores.
Não se sabe – pois ninguém informa sobre o assunto na diocese de S. José dos Pinhais – se o padre pedófilo foi ou não laicizado.