Eu promovo e participo de eventos com uma certa frequência, corporativos, sociais, grandes ou pequenos, formais ou descontraídos. Não importa o formato: cada um tem sua identidade, seu ritmo, seu propósito e, entre eles, cabe até um simples café na casa da avó. Porque existem pessoas que simplesmente sabem receber.
Certamente há técnicas. Eu mesma já fiz alguns cursos sobre eventos, de produção a etiqueta. Tudo pode ser roteirizado, ensinado e replicado, mas receber vai além. Saber servir é uma arte: é fazer as pessoas se sentirem confortáveis, conectar os convidados certos, oferecer atenção na medida exata, tudo para que todos saiam já querendo voltar para o próximo encontro.
Para mim, um bom evento é aquele do qual saímos mais leves. Comida, bebida e música são fundamentais para criar o ambiente certo, mas é a energia de quem recebe que conduz o momento. Está nos detalhes: um nome na mesa, uma bebida pensada para o seu gosto, um prato que respeita sua restrição alimentar.
Ao final, os pés podem até sair cansados de andar ou dançar, mas a alma sai leve. O sorriso, fácil.
Gosto de pensar nisso quando falamos de um bar ou de um restaurante, afinal, todo dia acontece ali um pequeno evento. Adoro chegar a um restaurante familiar, perto de casa, onde o dono nos recebe pelo nome e traz um pão quentinho para o meu sobrinho. Ou passar na frutaria onde ela já sabe que eu adoro uma novidade.
Nem todo evento é grandioso, com banda e buffet. Às vezes, ele dura menos de uma hora, mas deixa em nós aquela vontade boa de voltar logo.
*Carolina Macedo é curitibana, empresária, cigar sommèliere e pioneira no universo dos charutos, atuando à frente da Bulldog Tabacaria e abrindo espaço para mais mulheres no setor. Fala sobre este universo, além de agendas de cultura e lazer.