Assessoria – Na última cena antes de ser assassinada no remake de Vale Tudo, a personagem Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch, escolhe o livro Guia do Autodomínio, da neuropsicóloga Maria Klien, para ler em sua cama, a mesma em que é encontrada morta. A sequência, exibida na Rede Globo, marcou o episódio mais assistido da novela até o momento e reacendeu uma das perguntas mais conhecidas da teledramaturgia brasileira: “Quem matou Odete Roitmann?”.
Décadas depois da primeira versão, exibida em 1988 com Beatriz Segall, a trama retorna com nova leitura da personagem e mantém o mistério que atravessou gerações. O gesto de Odete, ao abrir a obra de Maria Klien pouco antes de sua morte, uniu ficção e realidade ao colocar no centro da narrativa um livro que trata de autodomínio e reconstrução emocional.
As obras de Klien já vinham registrando alta procura em livrarias de São Paulo, Recife e Rio de Janeiro, além de grande volume de vendas pela Amazon, além de pontos de venda em Portugal. Após a exibição da cena, a expectativa é que a demanda aumente ainda mais nos pontos físicos e no e-commerce.
“Ver minha obra presente em um momento tão marcante da cultura brasileira é um sinal de que o tema do autodomínio alcançou espaços de diálogo mais amplos e necessários”, destacou Maria Klien.
O momento repercutiu nas redes sociais e despertou curiosidade sobre o conteúdo do livro e sua autora. As publicações de Klien tratam do autodomínio e da saúde emocional, propondo um percurso de reflexão e prática terapêutica voltado à autonomia e à reconstrução de vínculos internos.
O primeiro título, “Guia do Autodomínio – para uma vida com mais autonomia e leveza”, apresenta fundamentos teóricos sobre o processo de reorganização emocional e o fortalecimento da consciência interna. A sequência, “Guia do Autodomínio – caderno de atividades”, amplia a experiência com exercícios e espaços de registro pessoal, conduzindo o leitor por um percurso estruturado de autoconhecimento. De acordo com Maria Klien, o guia nasceu da necessidade de oferecer uma base segura para quem se depara com o sofrimento emocional e busca recomeçar.
Ao comentar sobre o caderno, a neuropsicóloga destaca que ele foi desenvolvido para pessoas que não encontravam espaço em suas agendas para acompanhamento clínico. A proposta, explica, é oferecer uma jornada terapêutica individual que pode ser complementada com encontros pontuais sempre que necessário.
Em sua abordagem, a autora utiliza a metáfora de que cada indivíduo é como um palácio com diversos quartos, alguns fechados por dores e experiências passadas. Revisitar esses espaços, afirma, é parte essencial do processo de reconstrução emocional.
O aparecimento de sua obra na nova versão de Vale Tudo simboliza o alcance que temas como autodomínio e saúde mental vêm conquistando na cultura contemporânea. A cena protagonizada por Débora Bloch ecoa, com nova leitura, a busca humana por equilíbrio e autoconhecimento que já estava presente na trama original.
Assim, as obras de Maria Klien reafirmam a relevância de instrumentos que aproximam o público das práticas de cuidado emocional e das reflexões sobre a vida interior, se mantendo como referência para quem deseja compreender e conduzir a própria trajetória com consciência.