segunda-feira, 22 setembro, 2025
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Planejamento e inclusão fortalecem saúde mental na maturidade

Assessoria – O Brasil está envelhecendo rapidamente. De acordo com o Censo 2022 do IBGE, já são mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos de idade ou mais, 15,3% da população. E, junto com a longevidade, cresce a preocupação com a saúde mental dessas pessoas.

Isso porque o envelhecimento pode trazer eventos desafiadores como a aposentadoria, a perda de amigos e familiares e maior vulnerabilidade a doenças. Mudanças que exigem adaptações emocionais importantes. O isolamento social, a solidão e o estresse financeiro são fatores que impactam diretamente a saúde mental dessas pessoas.

“Quando a tristeza, apatia ou irritabilidade são constantes e vêm acompanhadas da perda de interesse por atividades que antes eram prazerosas, mudanças no sono e apetite ou desorientação, é hora de buscar ajuda médica”, afirma Taísa Gonçalves, geriatra e médica cooperada Unimed Curitiba.

A especialista afirma que cuidar da alimentação, manter uma rotina de exercícios e ter boas noites de sono são medidas que ajudam a saúde mental. Interações presenciais, hobbies e atividades intelectuais também podem dar sentido ao dia a dia, fortalecer a autoestima e estimular o cérebro para garantir autonomia e um envelhecimento ativo.

Mais Vida

João Paulo Koslovski é um exemplo de que é possível envelhecer com vitalidade. Aos 76 anos, o engenheiro agrônomo e ex-presidente da Ocepar, mantém-se ativo participando das atividades abertas ao público e voltadas à promoção da saúde e do bem-estar promovidas pela Unimed Curitiba.

Duas vezes na semana ele a esposa Zulmira Ester Koslovski vão ao Espaço Saúde, no Centro Médico do ParkShoppingBarigüi para fazer aulas de dança e aero local. “A gente só não vem quando viaja. Mas é um serviço muito bom. Aqui podemos nos exercitar e realmente mantemos a nossa forma física”, diz João. “E o melhor é que é gratuito e para todo mundo”, completa Zulmira.

A programação é parte do programa Mais Vida, da Unimed Curitiba, que aposta em oficinas cognitivas, grupos de convivência, atividades físicas e rodas de conversa para promover uma longevidade ativa. “São ações que criam uma rede de apoio e fazem toda a diferença para o bem-estar das pessoas com 60 anos ou mais”, defende a médica Taísa Gonçalves.

Iguais

Recentemente, a Unimed Curitiba lançou o projeto Iguais, um movimento pioneiro, que pretende provocar reflexões sobre a importância da intergeracionalidade e mobilizar a sociedade para o debate sobre o envelhecimento saudável por meio da conexão entre as gerações. A proposta é um convite para que pessoas de diferentes idades, negócios e saberes possam juntos planejar o futuro.

Para o diretor-presidente da Unimed Curitiba, Rached Hajar Traya, o envelhecimento é um tema que merece atenção da sociedade. “Se não conseguirmos transformar a jornada do envelhecimento em uma jornada de longevidade, que começa muito antes dos 60 anos, teremos que enfrentar problemas muito mais profundos e difíceis que os atuais. Se eu começo a preparar a população jovem para envelhecer melhor e com mais qualidade de vida, o custo da pessoa idosa no futuro será muito menor para todos, incluindo o próprio idoso e sua família”, defende.

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