Lembra-se do filme E.T., o extraterrestre? Há uma cena em que ele quer voltar para casa, descobre o uso do telefone dos humanos e resolve fazer um igual para se comunicar com seu povo, mas sem equipamentos e ferramentas apropriadas – como fazer? Ele junta tudo o que há de tranqueira na garagem: guarda-chuva, luminárias, toca-discos, componentes de um velho brinquedo eletrônico e faz o seu comunicador.
Daí nasceu a famosa frase: E.T. phone home!
Muitas vezes somos desafiados por problemas que, a princípio, parecem enormes, difíceis e sem solução. Sentimos que não temos forças nem meios para executá-las, o quê e como fazer? Use o método do E.T. comece com aquilo que você tem à mão e vá fazendo que no caminho – apoios materiais, técnicos e humanos irão aparecendo. Esperar as condições ideais para resolvê-los é ilusão.
Problematis = obstáculo
O filósofo Descartes ensinava que quando estamos diante de um problema devemos agir da seguinte forma: perguntar se o problema é realmente um problema, dividir em partes e analisar cada uma, começar a resolver pelo mais simples e no final revisar o que foi feito.
Não devemos reclamar daquilo que não temos, mas sim valorizar e trabalhar com o que temos. Pode ser pouco, mas é o suficiente para detonar o processo criativo, pois ele nasce da necessidade e das dificuldades.
Jaime Lerner dizia: ser criativo é cortar dois zeros do orçamento.
Por isso, frente a uma situação difícil pegue o touro à unha, agarre-se as migalhas que você tem à disposição e vá em frente.
*Eloi Zanetti é escritor, especialista em marketing e comunicação corporativa. Contato: eloizanetti@gmail.com