Por Zaga Mattos – Às vezes você se vê diante de uma situação que lhe dá estranha sensação de felicidade. Estranha em razão da origem, do motivo daquilo que lhe traz calmaria íntima. Mexe com diversos sentidos fazendo você viajar no tempo e perceber o quanto andava distante de tantas mínimas coisas que lhe fazem bem. De imediato me veio à mente uma frase que cunhei num desses instantes: é fácil ser feliz. A felicidade está na ponta do nariz.
Andei muito chão. Vi de tudo um pouco, embora saiba e experimente, vez ou outra, a essência do “morro e não vejo tudo”. Convivi por dezenas de anos com uma situação que só hoje consigo entendê-la: a importância da passagem fugaz daquela réstia de sol pela janela da área de serviço do apartamento!
Hoje pela manhã, com o sol estourando mamonas, tirei a roupa da máquina e corri para o varal, estender camisetas, agasalhos, meias, toalhas… Fui, há pouco, recolher as peças. E nessa tarefa ia jogando cada uma sobre o ombro. Finda a coleta pude sentir junto a mim aquele aroma do amaciante, a maciez e o calor da toalha felpuda após o banho de sol.
Tenho que reconhecer: só mesmo quem viveu mais de 40 anos em apartamento, com a roupa lavada secando em raios fugidios do sol, agora pode sentir essa sensação de felicidade de dono de casa.
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*Zaga Mattos é autor do livro “Memórias de um boêmio de chinelos! Pedido de livro: Whatsapp 47-99925-6161 ou e-book na Amazon. Luiz Gonzaga de Mattos, é jornalista “curitibano-barriga verde” e escritor. Cronista do cotidiano e da boemia, também faz as tirinhas e charges da home do Mural do Paraná – desde os tempos do Blog do Aroldo Murá.