quinta-feira, 3 julho, 2025
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A Gazeta do Povo e a tabela de preços

Sob o argumento de que a assinatura de jornais de renome como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo e o O Globo têm um custo igual ou superior ao que a Gazeta do Povo oferece aos seus assinantes se impõe aqui um debate indigesto.

A REALIDADE É DURA, MAS É A REALIDADE

Creiam, a coluna/blog não deseja entrar nessa seara.

Os artigos publicados ao longo do último mês não tinham por objetivo decretar a morte da edição impressa da Gazeta do Povo. Muito pelo contrário. A um leitor que tem por hábito receber o jornal todas as manhãs em sua casa e folhear suas páginas enquanto se prepara para o trabalho, não há satisfação maior. Uma cena em “O Declínio do Império Americano”, de 1986, mostra um personagem saindo debaixo de uma nevasca impressionante para comprar a sua edição dominical do The New York Times.

De fato, o prazer sensorial do jornal não tem preço.

PARÂMETRO

Mas há que considerar o que foi estabelecido com parâmetro: o preço da edição diária digital da Gazeta (R$ 0,99/mês) e o da edição impressa da Gazeta, que oferece seis edições semanais (R$ 59,90/mês). A diferença salta aos olhos: menos de R$ 12,00 para a edição digital, R$ 718,80 para a edição impressa.

JORNAL TARDIO

Compara-se o preço aos jornais de São Paulo e Rio. Novamente, não entremos nessa seara. Não se quer o declínio e a extinção dos impressos. Mas é preciso trabalhar com a realidade. A assinatura da Folha é mais cara. Mas o jornal impresso só chega ao endereço dos assinantes ao meio-dia. Compreensível. Trata-se de um jornal de outro estado. O mesmo para o “Estadão”, cuja assinatura até o dia 28 de fevereiro é de R$ 52,90 mensais – mais barato que o da Gazeta (e com sete edições por semana). O Globo não vende assinaturas do impresso além das fronteiras do Rio. Sim, é preciso comparar. Mas sem dar a essa comparação dois pesos e duas medidas.

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