segunda-feira, 20 janeiro, 2025
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10 coisas que o síndico precisa saber sobre telhados verdes

Por MARCUS GOMES – Drenar a água da chuva e reutilizá-la é um dos motivos pelos quais os telhados verdes começam a fazer parte do orçamento dos condomínios verticais e horizontais em todo o país. A cobertura ecológica é fator de economia do ar-condicionado, de proteção do meio ambiente, de saúde e de combate às chamadas ‘ilha de calor’ nos centros urbanos.

A ONG americana Green Roofs, que incentiva projetos de instalação de eco telhados, calcula que 1,5 metro quadrado de grama produz, em um ano, oxigênio suficiente para suprir as necessidades de uma pessoa. Mais: o plantio de grama e folhagens no topo dos prédios, que há muito deixou de ser caro e complicado já que a tecnologia avançou em todo o mundo, cria um microclima no entorno dos condomínios que purifica a atmosfera e aumenta a qualidade de vida dos moradores.

Quem tem uma árvore frondosa no condomínio sabe o quanto é bom, em um domingo de muito calor, esticar uma toalha na sombra que ela proporciona e deixar a vida fluir. Telhados verdes plantados no alto dos prédios residenciais causam a mesma sensação. Pois esse tipo de cobertura de grama e plantas tem ganhado espaço nas construções e nos projetos arquitetônicos. A razão é simples: o telhado verde significa qualidade de vida, é agradável de se ver e faz uma diferença incrível ao bolso dos moradores. Porém, instalá-lo não é um trabalho para amadores.

Se o condomínio pretende, aproveitar a água da chuva e diminuir o custo do ar-condicionado nas unidades residenciais, é preciso chamar um especialista em paisagismo ou um arquiteto. É ele quem vai se encarregar de preparar a laje, fixar uma manta de PVC em toda sua extensão para evitar infiltrações e instalar mantas perfuradas e grelhas de plástico que separam a água da chuva do substrato que mantém o telhado ecológico.

Há empresas especializadas que atendem em todo o país com orçamentos que cabem naquele bolso que preocupa tanto os condôminos. O que falta mesmo é convencer os políticos. Em 2011 tramitou na Câmara dos Deputados o projeto de lei 1.703/11 que obrigava os condomínios verticais, com mais de três unidades agrupadas, a instalar telhados verdes em coberturas. O PL não pegou bem e acabou arquivado porque, à época, o verbo “obrigar” não foi bem digerido pelos parlamentares.

Onze anos depois, entretanto, as mudanças climáticas do mundo podem fazer com que os condomínios enviem sinais de alerta aos congressistas e convençam ao menos um deles a reapresentar o projeto.

No município de Farroupilha, no Rio Grande do Sul, existe um projeto que garante descontos no IPTU a quem adotar iniciativas sustentáveis em condomínios, entre elas a cobertura ecológica. Em São Paulo, capital, cogita-se conceder incentivos fiscais aos condomínios verticais que instalarem telhados verde em mais de 65% de sua cobertura. Aprovar uma lei, entretanto, não é estritamente necessário. Se a assembleia de moradores quiser, e votar a favor, a eco cobertura pode ser instalada imediatamente.

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