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Série de shows do Samba de Bamba está de volta

Assessoria – Após um intervalo de quatro anos, o projeto Samba de Bamba está de volta à Curitiba. A estreia acontece na próxima terça-feira, dia 11, com o sambista carioca Agrião, em única apresentação, às 20 horas, no teatro da CAIXA Cultural. Agrião, virá acompanhado por sua banda formada por Marcos Basílio (percussão), Marcelo Pizzot (percussão), Wellington Monteiro (violão) e Wanderson Martins (cavaquinho e direção musical), e, além de seus sambas autorais, promete um passeio musical pelas obras dos compositores que influenciaram sua carreira. Os ingressos estão esgotados.

Agrião promete fazer uma ode ao samba e relembrar sucessos que marcaram os seus 40 anos de carreira. “Será uma noite de muita alegria e paz. Vamos cantar o samba em todas as suas vertentes. Na estreia do projeto Samba de Bamba, eu quero cumprir a minha missão que é levar paz, alegria, música e muita emoção para o público de Curitiba. Prometo uma noite de magia junto com parceiros e amigos”, comemora Agrião. No show ele preparou um pot-pourri com sambas inesquecíveis do parceiro e mestre Martinho da Vila e, também, uma homenagem à primeira-dama do Samba, Dona Ivone Lara.

Agrião. Foto: Carla Vieira

Além dos clássicos do samba, o público terá a oportunidade de ouvir composições autorais de Agrião que destaca “Quintal da Ciata”, inspirado na casa da Tia Celina, onde tudo começou: “Foi essa mulher que me colocou no samba. Ela morava na subida da Pedra do Sal e foi ali, na casa dela, que eu bebi naquela fonte”, relembra ele. Segundo Agrião, essa música é uma homenagem para as duas tias: Celina e Ciata. “Se estou aqui até hoje, foi graças a essas pessoas”. Outro samba da nova safra, “Pra Mart´nalia”, é uma homenagem que ele fez para a amiga/cantora que dá nome à música, Martinho da Vila e Vila Isabel. “Esse é um samba que me toca muito, tem um arranjo emocionante do Wanderson (Martins). Além disso, quem deu o título para a música foi a Maria Bethânia. Não precisa dizer mais nada, né?”.

Samba de Bamba

O curador e coordenador geral do projeto, Rodrigo Browne, comemora a nova edição do evento e adianta que até dezembro, vai promover uma série de oito shows com artistas de várias cidades que chegam na CAIXA Cultural de Curitiba acompanhados por seus músicos, com a proposta de apresentar o que se convencionou chamar de “Samba de Raiz”, mas que, na verdade, trata-se do samba tradicional sem imposições comerciais do mercado. Ele lembra que o projeto se chama Samba de Bamba por conta do programa que produz e apresenta há 28 anos na emissora Paraná Educativa FM – que foi eleito, em 2023, pelo Prêmio Profissionais da Música, o Melhor Programa de Rádio do Brasil.

No programa, durante a transmissão, o apresentador convida uma personalidade do samba que faz uma seleção de músicas de memória afetiva, explicando o porquê da sua escolha com os ouvintes. No Teatro da CAIXA a intenção é parecida. Isto é: cada atração do mês pode pontuar sua apresentação contando ao público o porquê escolheu alguns sambas para cantar. Revelando no palco, sua ligação afetiva com aquela composição.

Browne enfatiza que, mensalmente, os artistas têm o compromisso de apresentar no repertório, composições que respeitam o nosso passado cultural e que, ao mesmo tempo, renovam o samba com qualidade. “Com esse projeto a CAIXA Cultural possibilita, muitas vezes, um encontro inédito entre o artista e público, promovendo uma importante e fundamental democratização da nossa cultura”, finaliza.

A próxima atração do projeto é a sambista curitibana Branka, no dia 09 de julho.

Serviço: Samba de Bamba – Agrião

  • Local: CAIXA Cultural Curitiba – Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Centro
  • Data: 11 de junho
  • Horário: terça-feira, às 20h.
  • Ingressos: ESGOTADOS.
  • Bilheteria: De terça a sábado das 10h às 20h. Domingo das 10h às 19h)
  • Duração: 80 minutos
  • Classificação: livre para todos os públicos
  • Capacidade: 125 lugares (2 para cadeirantes).

Samba de Bamba 2024

  • 11/06 – Agrião

Jorge Fernando Ribeiro Trindade, conhecido como Agrião, passou a maior parte de sua carreira dedicada ao samba. Na Vila Isabel, foi da bateria, do carro de som e, atualmente, é integrante da Ala dos Compositores. Foi percussionista da Banda do Martinho da Vila e bebia da fonte em Vila Isabel, no bar dos compositores no início dos anos 80, com grandes amigos Paulinho da Viola, Almir Guineto, Roberto Ribeiro, João Nogueira, Nelson Cavaquinho, Agepê, Mestre Marçal e muitos outros.

  • 09/07 Branka (PR)

Branka começou na carreira como Karyme Hass, seu nome de batismo, mas, quando foi de Curitiba, sua cidade natal, para o Rio de Janeiro, caiu nas rodas de samba, onde era chamada de “branquinha” e acabou virando Branka. Seu álbum “Barra da saia”, lançado em 2013, que estreou no samba, com participação especial de Zeca Pagodinho. Esse trabalho foi indicado ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Samba, e a faixa-título “Barra da saia” foi indicada ao Prêmio Multishow na categoria de Melhor Samba.

  • 13/08 João Cavalcanti (RJ)

João Cavalcanti, cantor e compositor carioca. Ele integra a geração que revitalizou culturalmente o bairro-símbolo da boemia carioca, promovendo shows de samba “sem preconceito”. João tinha 20 anos quando fundou o grupo Casuarina, com o qual se apresentou por muitos anos em rodas de samba. Desde que saiu do Casuarina, em 2017, João lançou 4 álbuns, teve uma indicação ao Grammy Latino, fez turnês pelo Brasil e pelo exterior.

João Cavalcanti. Foto: Andre Rola
  • 03/09 Marcelo Menezes (SP)

O violonista, compositor, cantor e arranjador Marcelo Menezes reside atualmente em Guarulhos (SP), mas é carioca e frequentou os bares da zona boêmia do Rio de Janeiro.O músico celebra os 30 anos de atividade profissional como artista, em cena desde a década de 90, quando surgiu como integrante do grupo Dobrando a Esquina no circuito de samba e choro do bairro carioca da Lapa.

Marcelo Menezes. Foto: MLopes
  • 17/09 Pamela Amaro (RS)

Pâmela Amaro é atriz, cantora e compositora porto-alegrense. Nos últimos anos, tem se destacado como uma das vozes do samba no Rio Grande do Sul. Inspirada pela família de músicos, se tornou uma grande ativista cultural, toca cavaquinho, percussão e tem longo caminho na cena teatral. Em 2022, recebeu o Prêmio Açorianos de Música, como intérprete de MPB, entre outros, nas áreas de música, educação e cinema.

Pamela Amaro. Foto: Luis Ferreirah
  • 01/10 Didu Nogueira (RJ)

Didu Nogueira tem o gene do samba, ele, que é filho de Gisa Nogueira, sobrinho do saudoso bamba João Nogueira e, por consequência, primo de Diogo Nogueira, é um camarada respeitado no mundo do samba carioca. Com voz de sambista da velha guarda, dizendo os versos com entusiasmo e cantando a melodia numa levada que “seduz” os versos, resultando num suingue de responsa, eis Didu Nogueira. Produtor e organizador de eventos que dizem respeito ao samba – o que faz com esmero.

Didu Nogueira
  • 12/11 Alfredo Del Penho (RJ)

Com 18 anos de carreira, o cantor, violonista, compositor, ator e pesquisador Alfredo Del-Penho assinou seu primeiro trabalho solo há apenas dois anos, com o lançamento simultâneo dos CDs Samba Sujo – apenas com faixas cantadas – e o instrumental Pra essa gente boa. Os álbuns receberam elogios da crítica especializada e o primeiro rendeu a Alfredo o prêmio de melhor cantor de samba do 27º Prêmio da Música Brasileira de 2016, no qual concorreu com artistas do porte de Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz.

Alfredo Del Penho. Foto: Leo Aversa
  • 10/12 Janine Mathias (DF)

Nasceu em Brasília e mudou para Curitiba em 2008, onde começou a investir na carreira de cantora e iniciou sua trajetória profissional em 2009 com a sonoridade e as influências musicais aprendidas com o pai na infância. Em 2013, Janine abriu o show de uma de suas inspirações, a eterna Elza Soares. Janine já dividiu o palco com outros grandes nomes da efervescente cena da MPB contemporânea. A cantora é idealizadora do projeto itinerante Samba da Nega, onde celebra suas raízes e mantém a tradição do samba viva no sul do Brasil.

Janine Mathias. Foto: Renato Nascimento
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